terça-feira, 15 de outubro de 2013

Trovadorismo


Vai desde 1189 (ou 1198) – data provável da Cantiga de Ribeirinha de Paio Soares de Taveirós – até 1434 com a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo.

A cultura trovadoresca refletiu bem o momento que a Europa passava: a organização das Cruzadas em direção ao Oriente, o poder descentralizado, o poder espiritual nas mãos do clero católico detentor da cultura cêntrico (Deus como centro das coisas).

As cantigas são poesias cantadas acompanhadas de instrumentos musicais, e os trovadores eram quem compunham as cantigas e geralmente eram de origem nobre. As produções estão em livros chamados Cancioneiro, tendo conhecimento apenas de três: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca e Cancioneiro da Vaticana.

As cantigas eram divididas em cantigas líricas (cantigas de amor e cantigas de amigo) e satíricas (cantigas de escarnio e cantigas de maldizer).

Cantigas Líricas

v Cantigas de Amor

Tem origem provençal. O ambiente é sempre o palácio, com o trovador declarando seu amor por uma dama, daí o amor cortês e a vassalagem amorosa. A mulher era vista como um ser inatingível. Esse sofrimento amoroso era tão grande, que levava o trovador a desejar a morte como saída para sua grande dor.

v Cantigas de Amigo

Tem origem na própria Península Ibérica. Cronologicamente são mais antigas que as cantigas de amor, porém não eram escritas. O eu-lírico era mulher, apesar de ser escritas por homens. A palavra amigo significava amante ou namorado. O ambiente era a zona rural e a mulher era sempre uma camponesa. Ela lamentava a falta do amado além de apresentar confidente (amiga, mãe ou um elemento da natureza personificado) criando uma estrutura de dialogo.

 

Cantigas Satíricas

Os principais temas eram costumes, o adultério das damas e a decadência dos nobres.

 

v Cantigas de Escarnio

Eram sátiras diretas, sem revelar o nome da pessoa satirizada. Usavam-se palavras de duplo sentidos e irônicas.

v Cantigas de maldizer

Citava o nome da pessoa satirizada. Eram sátiras diretas, chegando a usar palavrões. Seus temas prediletos eram os amores interesseiros, o adultério e os amores ilícitos (padres).

 

Principais autores

D. Dinis (conhecido como Rei-Trovador), Paio Soares de Taveirós, D. Duarte, Meendinho e Airas Nunes.

 

Espero ter ajudado, tive que estudar Trovadorismo, Humanismo e Classicismo (que vocês também podem encontrar aqui no blog) para uma prova oral de Língua Portuguesa (tirei nota máxima J).

 

 

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